As turmas do 1º ciclo desenvolveram, ao longo do terceiro período, um projeto de escrita que teve como principais objetivos o desenvolvimento da imaginação e da criatividade, a utilização das TIC e a criação de uma história coletiva.
O primeiro passo foi a escolha do título “Envalvião” que pretendeu juntar o nome das três localidades. O mote deu “asas” à imaginação dos nossos alunos, que construíram uma bonita história cheia de viagens e aventuras.
De turma para turma, o “Envalvião” foi circulando on-line para que todos lhe pudessem acrescentar mais uma pouco de magia.
Partilhamos convosco o “Envalvião”!
Nós começámos...
O Envalvião
Era
uma vez um meio de transporte fantástico: podia voar, andar na terra e também
no mar! Além disso, conseguia tornar-se invisível…
Chamava-se Envalvião, era enorme,
brilhante e descapotável, tinha muitas janelas e dois pisos. O seu interior era
mágico: quando entrávamos, as luzes acendiam-se sozinhas e a música começava a
tocar. Tinha um bar, um restaurante, televisão e sofás muito confortáveis. Era
incrível por ser muito rápido, nitro e automático. Andava sozinho e podia transportar
muita gente.
Todos os meninos se imaginavam
heróis de aventuras fantásticas a bordo deste
fabuloso veículo!
No dia 1 de abril de 2014, os
encarregados de educação dos alunos da turma do 2º ano de Gavião foram avisados/prevenidos
para não levarem os seus educandos para a escola. Deveriam dirigir-se com eles
ao jardim do cruzeiro, onde o Envalvião os esperava para a tão desejada viagem…
2º ano EB de Gavião
Eram 9 horas quando o Envalvião partiu com destino a Londres,
parando primeiro na Comenda, para levar os meninos desta escola.
No início da viagem, o Envalvião perguntou-lhes se queriam ir
por mar, terra ou ar.
Todos decidiram ir pelo ar e lá seguiram a caminho
de Londres, entusiasmados e também um pouco nervosos, porque metade dos alunos
ainda nunca tinha saído do país nem andado de avião, muito menos num avião
mágico. Sentiam-se como passarinhos a voar bem alto, desfrutando das lindas paisagens
aéreas.
A certa altura, os meninos ficaram espantados ao verem o Envalvião
descer, descer e planar no mar,
transformando-se depois num submarino, pois já não podia seguir pelo ar, devido
ao denso nevoeiro.
Agora, conseguiam ver o fundo do oceano, magnífico, repleto
de algas, corais, conchas, peixes coloridos, golfinhos, baleias e muitas mais
raridades.
Durante a viagem, os meninos assistiram ainda a vários
espetáculos, jogos e filmes. Estava a ser tudo muito divertido, mas, como o
Envalvião era muito rápido, depressa chegaram a Londres.
Como já era meio-dia, todos foram almoçar ao MC´Donalds, que se situava perto do Big Ben. De seguida, subiram à torre e
avistaram toda a cidade…
Turma da
Comenda
Viram uma imensidão de prédios enormes, o rio Tamisa e, ao
olharem para a maior roda gigante do mundo, a London Eye, situada em frente ao Big Bem, decidiram ir dar uma volta até lá.
Enquanto os meninos da Escola da Comenda se divertiam, o
Envalvião ligou o nitro e, em alta velocidade, foi buscar os meninos da Escola
de Vale de Gaviões, que também queriam participar nesta aventura fantástica.
Sentaram-se nos seus confortáveis sofás e rapidamente chegaram a Londres.
Todos juntos decidiram ir até à França, visitar a Disneyland de Paris.
O Envalvião transportou-os e durante a viagem ouviram
músicas, viram filmes e comeram pipocas. Este era o meio de transporte mais completo
e divertido que conheciam!
Como as estradas de Paris tinham muito movimento, o Envalvião
tornou-se invisível para não estar nas filas, poder ultrapassar os carros e
assim chegar sem qualquer dificuldade à Disneyland.
A viagem foi interessante e os meninos estavam muito felizes.
Quando chegaram ao
parque da Disneyland, saíram do
Envalvião e caminharam até à entrada, mas os portões estavam fechados! Ficaram
muito admirados e tristes… Chamaram o super transporte, mas este já ia de
regresso a Gavião, para levar os alunos do primeiro ano.
Esta viagem também foi muito rápida e emocionante. Os
computadores do Envalvião não paravam de apitar, quando receberam o pedido de
ajuda dos meninos das outras três turmas que estavam em Paris.
Quando a turma do primeiro ano chegou à Disneyland, os colegas esperavam ansiosos. Entraram no Envalvião e
pediram-lhe para se transformar num avião invisível e voar baixinho por cima da
Disneyland. Assim, ninguém os conseguia ver e poderiam descobrir o que se
estava a passar.
O Envalvião, voou, voou… Lá em baixo, no parque de diversões,
as personagens estavam muito assustadas, corriam de um lado para o outro, no
meio de uma grande confusão! De repente, os meninos viram alguém a correr com um saco preto às costas e ouviram
gritar “Socorro! Socorro!”…
O braço elástico do Envalvião desceu, agarrou o saco e trouxe-o para cima, para o seu interior.
Desceu de novo e arrancou rapidamente a máscara da estranha personagem. Nesse
instante, deixou de ser invisível e aterrou no parque de diversões.
Todos ficaram a saber
que se tratava do capitão Gancho e que o malandreco tinha raptado alguém. Estavam
impacientes por ver quem estava no saco preto… Surpresa! Saiu de lá a Princesa
Sofia!
Algumas personagens do parque aproximaram-se do Envalvião,
para conhecerem aquele misterioso meio de transporte e perceberem o que se
passava.
Nesse instante, estendeu-se automaticamente um tapete rolante
e saiu a Princesa Sofia, com um grande sorriso. Ela apressou-se a explicar o
que lhe tinha acontecido. Como ficou muito agradecida, resolveu convidar todos
os passageiros do Envalvião a passarem uns dias de férias no palácio da
Disneyland.
Os meninos não podiam acreditar, finalmente ia começar o
divertimento! Lá ao longe, viram logo o Mikey e a Minie, a Bela e o Monstro, a
Alice no País das Maravilhas, a Doutora Brinquedos, o Peter Pan, o Donald…
Os seguranças do parque apressaram-se a prender o capitão
Gancho e a abrir os portões do parque de diversões.
1º Ano EB de Gavião
Os meninos achavam que aqueles dias
no palácio iam ser realmente muito divertidos. Entusiasmados, perguntaram à
princesa Sofia se poderiam conhecer mais algumas personagens que moravam naquele
lindo sítio.
Lá à frente, encontraram o Pateta e
perguntaram-lhe como é que conseguia ser tão pateta! Ele respondeu-lhes:
- Bem, é o meu papel de personagem!
Os meninos lá aceitaram a sua resposta.
Andaram mais um bocadinho e encontraram o palácio da princesa
Sofia. Era de cristal, muito brilhante, tinha um diamante no topo e resplandecia
durante toda a noite. Era um local magnífico!
Os meninos, muito
contentes, entraram e quiseram conhecer os pais da Sofia. Ela achou uma óptima
ideia.
O Envalvião quis fazer uma surpresa aos
meninos enquanto eles estavam a fazer um piquenique com os pais da Sofia e
levou-lhes um petit gâteau e um crepe para a sobremesa. Adoraram!
Mas a maior das surpresas foi quando
pensavam que o Envalvião já se ia embora e descobriram que ainda não iam de
volta a casa.
– Ah! Que grande alegria! -
gritaram os meninos – Não estávamos à espera de uma notícia tão agradável!
Depois do piquenique, foram novamente para o magnífico
Envalvião e quiseram conhecer a cidade de chocolate. Quando lá chegaram, viram
uma fonte de chocolate e nuvens de algodão doce, de onde chovia açúcar. Também
patinaram na pista de chocolate. Estavam tão bem, que o tempo passou
rapidamente. A máquina já avisava que era hora de saída…
-Oooh!… – exclamaram todos em conjunto – O tempo passou tão
depressa!
Agitados, entraram novamente para o Envalvião, prontos para
uma nova aventura, desta vez debaixo de água.
No regresso, passaram pelo Vicky, o pequeno golfinho e pela
pequena sereia e pararam na Isla Mágica, onde havia uma fábrica de fazer bolas
de sabão gigantes. Foram todos dentro das bolas e voaram por cima do parque de
diversões. Foi muito fixe!
A certa altura, viram uma estátua viva e ficaram muito
assustados. Então, ela disse-lhes:
- Não fiquem com medo porque eu não vos faço mal…– Era o Envalvião
disfarçado de estátua. Que susto!
Estavam tão cansados, que, assim que entraram para a máquina,
adormeceram.
Quando acordaram…
3º Ano EB de Gavião
O Envalvião estava de novo
estacionado no Jardim do Cruzeiro para receber os alunos do 4.º ano do Gavião,
que ainda faltavam. Assim que se abriram as portas, estes entraram, no meio dos
protestos dos colegas, que refilavam cheios de sono.
Agora, quem escolhia o destino eram
os alunos que ainda não tinham tido qualquer aventura e queriam uma coisa
especial: visitar a Atlântida.
A
nave fantástica parou no ar para se orientar. De repente, deu um quarto de
volta e começou a viagem pelo ar, até um ponto no Oceano Atlântico. Poisou
suavemente, transformou-se em submarino e começou a afundar-se na água.
Através das paredes transparentes,
os alunos iam vendo água cada vez mais escura até que o Envalvião parou numa
grande praça submersa, rodeada de casas em ruínas que faziam sombras
assustadoras. Os meninos do primeiro ano começaram a chorar, mas os colegas
mais velhos deram-lhes as mãos e eles calaram-se.
Alguns alunos quiseram caminhar
naquelas ruas lendárias. Para isso, vestiram fatos de mergulho com garrafas de ar
e saíram. Foram logo para a grande casa que estava diante da praça e que
deveria ter sido a mais importante. Era o palácio do rei. Entraram e sentiram
um arrepio de medo. Alguém invisível lhes abria as portas para onde queria que
fossem. Parecia que os queria levar para um local dentro da casa.
Subitamente, viram-se diante do
trono, que estava vazio. Ao lado, no chão, estava um tridente em ouro com
pedras preciosas. Os alunos correram logo para o apanhar, mas uma mão invisível
segurou-os, impedindo-os de o alcançarem. Então, ouviu-se uma voz:
- De tudo o que virem, apenas podem
tocar e levar um objeto. Pensem bem no que querem.
Os alunos não pensaram muito mais. Pegaram
no tridente e dirigiram-se apressadamente à nave, para fazerem a viagem de
regresso.
Havia ainda muitas aventuras para
viver, mas agora só queriam voltar para casa e mostrar aquela maravilhosa jóia
a toda a gente. Finalmente no Jardim do Cruzeiro, no Gavião, saíram do
Envalvião e correram a abraçar os pais. Como não sabiam onde colocar o
tridente, levaram-no para a Câmara Municipal, onde ainda se encontra e poderá
ser admirado por toda a gente que possua
óculos mágicos.
4º ano de Gavião
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